A cúpula do Brics realizada no Rio de Janeiro terá uma ausência inédita que chamou a atenção do mundo político e econômico. O presidente da China, Xi Jinping, não participará do encontro das principais economias emergentes pela primeira vez desde a criação do bloco. A ausência de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil repercute como um marco histórico que pode indicar novos rumos nas relações internacionais e no fortalecimento das dinâmicas entre os países membros.
O governo brasileiro foi oficialmente comunicado por autoridades chinesas sobre o conflito de agenda que impediria a presença de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil. Em seu lugar, quem liderará a delegação chinesa será o premiê Li Qiang, figura que já representou a China em importantes encontros internacionais, como a cúpula do G20 na Índia em 2023. Essa decisão reforça o fato de que a cúpula do Brics no Brasil terá mudanças significativas no seu formato tradicional.
Fontes próximas ao processo de preparação da cúpula explicaram que a recente agenda intensa de Xi Jinping inclui encontros frequentes com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, tendo se encontrado em menos de um ano em duas ocasiões. Esses encontros, um na cúpula do G20 e outro durante o fórum China-Celac em Pequim, podem ter influenciado a decisão de Xi Jinping em não participar da cúpula do Brics no Brasil, evitando repetições desnecessárias em seu calendário.
A ausência de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil representa um momento singular para o bloco, que agora conta com novos integrantes e uma nova estrutura. Além dos membros originais Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o grupo foi ampliado recentemente para incluir países como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã. Essa expansão reflete a crescente relevância global do Brics e a complexidade que a cúpula do Brics no Brasil enfrentará neste novo contexto.
Além da ampliação, o bloco agora conta também com dez países parceiros, incluindo nações estratégicas como Vietnã, Belarus, Bolívia, Cazaquistão e Nigéria. A criação dessa categoria durante a 16ª cúpula em Kazan, na Rússia, faz parte de uma estratégia para fortalecer a cooperação internacional, o que torna a cúpula do Brics no Brasil um evento crucial para definir os próximos passos do grupo no cenário global.
Representantes chineses ainda não divulgaram uma justificativa oficial detalhada para a ausência de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil, embora o Ministério das Relações Exteriores tenha informado que prestará esclarecimentos oportunamente. A expectativa é de que o papel do premiê Li Qiang na cúpula reforce a continuidade da cooperação entre os membros, mesmo diante da ausência do líder chinês.
A cúpula do Brics no Brasil ganha ainda mais importância diante das transformações internacionais e das disputas geopolíticas que envolvem as grandes potências. A ausência de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil pode ser interpretada como um sinal das mudanças que o bloco e o cenário global enfrentarão nos próximos anos, especialmente com a entrada de novos países membros e parceiros.
Com a ausência inédita de Xi Jinping na cúpula do Brics no Brasil, o evento reforça a necessidade de adaptações estratégicas e diplomáticas para garantir o fortalecimento do bloco. A cúpula do Brics no Brasil será decisiva para consolidar o papel das economias emergentes no equilíbrio político e econômico global, e a presença do premiê Li Qiang representa uma nova fase na atuação da China dentro do grupo.
Autor: Rebecca Perry