As tarifas de pedágio no estado de São Paulo vão ficar mais caras a partir do dia 1° de julho. A medida, aprovada pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), representa um reajuste médio de 5,31% nos valores cobrados atualmente, com base na inflação oficial do período de junho de 2024 a maio de 2025. Os novos preços foram publicados no Diário Oficial do Estado e afetam todas as principais rodovias que ligam a capital a diversas regiões do estado.
O aumento nas tarifas de pedágio em São Paulo atinge sistemas rodoviários amplamente utilizados como Anchieta-Imigrantes, Anhanguera-Bandeirantes, Ayrton Senna-Carvalho Pinto e outras concessões importantes. No sistema Anchieta-Imigrantes, por exemplo, o valor da tarifa principal subirá de 36,80 reais para 38,70 reais, o que representa um acréscimo de 5,16%. Para quem depende do transporte rodoviário diariamente, esse impacto será sentido com ainda mais força.
Mesmo com a média oficial divulgada pela Artesp, os reajustes reais nas tarifas de pedágio em São Paulo variam entre 5% e mais de 10%, dependendo da localização e do trecho da rodovia. Um exemplo disso é o bloqueio em Diadema, na Rodovia dos Imigrantes, que terá um aumento de 10,71%, passando de 2,80 reais para 3,10 reais. Já no sistema Autoban, que inclui as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, os aumentos ficam entre 5,38% e 6,25%.
Os motoristas que trafegam com frequência pela Rodovia Ayrton Senna e Carvalho Pinto também sentirão o impacto do novo reajuste nas tarifas de pedágio em São Paulo. Em Itaquá, Guararema, São José dos Campos e Caçapava, os aumentos ficam entre 5,5% e quase 6%. Além disso, os motociclistas também pagarão mais, com tarifas que acompanham a alta proporcional ao que é cobrado dos veículos de passeio.
Outra concessionária impactada pelos reajustes é a Rodovias das Colinas, que administra trechos como a SP-075 e SP-127. Em Indaiatuba, por exemplo, o pedágio passará de 18,10 reais para 19,40 reais, um aumento de 7,18%. Na região de Rio Claro, na SP-127, o novo valor será de 8,80 reais, frente aos atuais 8,20 reais. Os aumentos nos pedágios em São Paulo seguem a lógica de contrato com as concessionárias, que preveem atualização anual baseada no IPCA.
Embora a Artesp justifique os reajustes como parte do contrato de concessão, a falta de padronização nos índices de aumento em cada praça chama a atenção. Em alguns casos, como em bloqueios específicos e pórticos automáticos, os aumentos superam 7% mesmo com a média geral sendo inferior. Essa diferença nos percentuais reforça as críticas de que os aumentos nos pedágios em São Paulo não são sempre claros nem uniformes para o consumidor.
A decisão de aumentar os pedágios em São Paulo ocorre em um momento de pressão sobre os custos do transporte, impactando não apenas motoristas particulares como também o setor logístico. Com a alta nos combustíveis e no preço dos veículos, o reajuste das tarifas de pedágio em São Paulo representa mais um fator que pode contribuir para o encarecimento de produtos transportados por rodovias e, consequentemente, para o aumento do custo de vida da população.
Enquanto os novos valores entram em vigor a partir do dia 1° de julho, muitos motoristas já começam a planejar rotas alternativas para fugir dos pedágios em São Paulo. Porém, em um estado onde grande parte das rodovias principais é concessionada, essa alternativa é limitada. O reajuste, portanto, reforça a discussão sobre a necessidade de maior transparência e revisão dos contratos de concessão rodoviária, bem como de um modelo que não onere excessivamente quem depende das estradas para viver e trabalhar.
Autor: Rebecca Perry