O empresário Paulo Henrique Silva Maia, fundador e CEO da Case Consultoria e Assessoria, acredita que o terceiro setor tem papel fundamental na formação de uma sociedade crítica e informada. Em tempos de fake news e desinformação digital, as ações promovidas por organizações sem fins lucrativos ganham cada vez mais relevância.
O avanço das redes sociais e a facilidade de disseminação de conteúdos falsos impactam diretamente na forma como as pessoas interpretam a realidade. Nesse contexto, o terceiro setor surge como uma ferramenta estratégica para promover a educação midiática, incentivar o pensamento crítico e fortalecer os valores democráticos.
Qual é o papel do terceiro setor na era da desinformação?
Com o crescimento das fake news, a sociedade enfrenta um desafio urgente: diferenciar informações verídicas de conteúdos manipulados. O terceiro setor, formado por ONGs, associações e fundações, atua como agente de transformação social ao desenvolver projetos de conscientização e informação segura. Essas organizações conseguem alcançar públicos diversos e vulneráveis, muitas vezes ignorados pelas campanhas oficiais.
Ademais, campanhas educativas, rodas de conversa, oficinas e produção de conteúdo são estratégias eficazes utilizadas pelo terceiro setor para estimular o pensamento crítico. Para Paulo Henrique Silva Maia, ao colocar o cidadão como protagonista no processo de aprendizagem, essas ações favorecem uma compreensão mais profunda sobre temas sociais, políticos e culturais. Outro ponto importante é o incentivo à participação social. O terceiro setor não apenas informa, mas também engaja os indivíduos em causas relevantes.
Por que as fake news afetam a democracia?
A disseminação de notícias falsas compromete a qualidade do debate público e enfraquece instituições democráticas. Em períodos eleitorais, por exemplo, as fake news conseguem manipular opiniões e distorcer fatos, impactando diretamente os resultados e a legitimidade dos processos. Conforme Paulo Henrique Silva Maia, o combate à desinformação deve ser encarado como uma questão de saúde pública e democracia.

A falta de acesso a informações confiáveis compromete a capacidade do cidadão de tomar decisões conscientes, ameaçando a coesão social. Neste cenário, o trabalho do terceiro setor é essencial para restaurar a confiança na informação e valorizar o conhecimento baseado em evidências. As organizações atuam como pontes entre a sociedade civil e o acesso à verdade, enfrentando o fluxo constante de inverdades com dados e diálogo.
Quais iniciativas têm se destacado no combate às fake news?
Diversas organizações têm se destacado pela criação de projetos inovadores no combate à desinformação. Campanhas que promovem o uso consciente da internet, verificação de fatos e incentivo à leitura crítica de notícias são exemplos de ações com grande impacto social. Essas iniciativas se expandem ainda mais quando contam com o apoio de parcerias intersetoriais, envolvendo universidades, setor público e empresas privadas.
Para que o terceiro setor continue sendo um agente transformador, é necessário investimento contínuo em capacitação, financiamento e estruturação. A valorização dos profissionais que atuam nessas organizações e a criação de redes colaborativas fortalecem o impacto das ações. Paulo Henrique Silva Maia aponta que é fundamental que o poder público reconheça e apoie o papel estratégico dessas instituições, promovendo políticas de fomento e incentivo à inovação social.
As ações do terceiro setor são uma resposta concreta e eficaz aos desafios impostos pela era da desinformação. Ao promover educação, pensamento crítico e engajamento social, essas organizações fortalecem os pilares democráticos e criam uma base sólida para uma sociedade mais justa, consciente e informada. A visão do Doutor em Saúde Coletiva Paulo Henrique Silva Maia reforça a importância de investir em estratégias sustentáveis e inovadoras para enfrentar as fake news e construir um futuro mais transparente.
Autor: Rebecca Perry